Eu não posto nesse blog desde fevereiro, sheesh. E o que aconteceu de lá até aqui? Ah, criança…
Aconteceu uma pandemia, bicho. Acho que em fevereiro a gente ouvia as notícias da China mas não imaginava que chegaria aqui. Até que chegou na Itália, até que chegou na Espanha, até que…bum, chegou aqui. Atualmente temos 10 mil mortos, um número absurdo de infectados e uma subnotificação que não nos permite saber quão profundo é o buraco da minhoca. Ah, e temos um presidente que prefere andar de jet-ski do que encarar seus problemas. Mas pro inferno com ele.
Aqui no apartamento nós começamos o isolamento em 15 de março. Hoje é 10 de maio – quase 2 meses de quarentena. Aqui em casa é fácil: eu, meu irmão e minha tia não saímos de casa pra nada, conseguimos pedir tudo o que precisamos com facilidade, meu trabalho tem garantido grana o bastante para nossas necessidades e o mercado de sites continua aquecido. Minha preocupação maior são meus pais, lá em Araçatuba, sozinhos – eu tenho medo deles não levarem a situação a sério e se exporem. O vírus não chegou lá ainda com toda sua força, e as pessoas começam a sentir uma falsa segurança que é bem perigosa. Todo dia eu falo com eles pra ver como tudo está indo.
E é isso, por ora. Jogando o jogo da espera, rezando para que ninguém muito próximo pegue essa merda (duas pessoas da FIB pegaram :/ ), rezando pra que o filho da puta que infecta o planalto não tente um golpe de estado. Esse post vai ser bem diarinho from the pandemic front, pra lembrar de que isso ocorreu, e de que estávamos assim por esses dias.