Percebi que nos últimos anos eu circulo por uma espécie de rodízio de jogos que eu repito periodicamente, e que me atraem novamente por um motivo ou outro.
O primeiro deles é They Are Billions (219 horas jogadas), um jogo de estratégia em tempo real (pense Starcraft). Seu objetivo é sobreviver hordas de zumbi durante um período determinado de dias – no final disso, uma MEGAHORDA invade o mapa por todas as direções possíveis e você tem que sobreviver do jeito que der. Eu percebi que amo as primeiras horas de uma partida, que envolvem principalmente limpar o mapa de zumbis para poder expandir sua base – é muito legal, você vai explorando o mapa e decidindo pra que lado irá expandir, o melhor local para fazer muros e choke points, etc. Em compensação, o final do jogo me perde completamente – não tenho saco pra ficar pra ficar construindo uma defesa que aguente a megahorda, e acabo largando a partida e começando de novo.
O segundo é Factorio (131 horas), um jogo de fábrica – anotem aí, 2020 será o grande ano dos jogos de fábrica. O objetivo aqui é…construir fábricas? Olha só, você tem alguns minerais básicos – pedras, ferro, cobre, carvão – e vai usando eles pra construir materiais cada vez mais complexos. A graça do jogo está na automatização da fabricação desses materiais. Você tem fábricas, conveyour belts, braços robóticos, geradores de energia, linhas de transmissão, mineradoras, plantas químicas, unidades de pesquisa…e você é livre pra construir e interligar todas essas coisas do jeito que quiser. Quer uma amostra do que é possível? É só entrar no Youtube e procurar por “Factorio Megabase”. Eu geralmente jogo Factorio em “bursts” de alguns dias, mas depois de um tempo eu paro e penso “Meu Deus, isso é um trabalho! Aaaaaaah!”.
O terceiro é Stardew Valley (191 horas) – um clone mais que perfeito de Harvest Moon, o tradicional jogo de fazendinha do Super NES. Você é um zezinho que herda a fazenda (um sítio, vai) de seu avô, e seu objetivo é se transformar em um fazendeiro. Ao longo do tempo você vai plantar, regar e colher vegetais diversos, cuidar de animais, pescar, minerar, fazer amizade com os habitantes da Vila, namorar e se casar com alguém, expandir sua casa, decorar sua fazenda, ter filhos, ganhar o respeito do fantasma de seu avô, fazer maionese, e muito mais. É um jogo absurdamente relaxante, perfeito pra esquecer da vida por algumas horas e também pra ouvir podcasts. Tem dois artigos muito bons sobre o jogo – um da Alexandra Moraes (O Pintinho) e outro da Ana Guadalupe – e os dois tratam sobre essa atração que esse jogo causa.
O quarto é…ah, depois eu falo do quarto, do quinto, do sexto. Mas pra quem curte spoilers, eles são Rimworld (um simulador de base onde você não controla diretamente os personagens), Dying Light (mundo aberto, cidade gigante, zumbis em todos os lugares) e Minecraft (já é batido, mas ainda é o jogo perfeito pra ouvir podcasts).