Segundo dia sem twitter. A principal vantagem é: eu não sou mais atacado por “Bolsonardices out of fucking nowhere” o dia todo. Fiquei sabendo das merdas que aconteceram porque meu irmão comentou, ou pelo telejornal que minha tia assiste. E continuo não sentido falta (ufa), mas ainda clico no link dele toda vez que canso de programar ou tenho um tempo livre entre uma tarefa e outra.
Eu vou precisar montar um ecossistema de sites para visitar. Em épocas pré-redes sociais, eu tinha o Google Reader com os melhores blogs do momento, a barra de favoritos do browser com os sites mais legais, e o delicious como um sacolão onde eu ia jogando qualquer coisa minimamente interessante.
Eu tentei voltar a usar RSS algumas vezes já, mas ainda não rolou. Talvez pelos clientes atuais serem meio ruins, talvez por quase ninguém hoje em dia usar. Não existem mais blogs como antigamente – aquela coisa do blog como vardump morreu, hoje o twitter é o vardump. Mas claro, as newsletters voltaram, é capaz dos blogs voltaram de uma forma ou de outra também. (Pensando aqui com meus botões, a proliferação dos static site generators talvez ajude nisso. Enfim, é uma possibilidade).
A barra de favoritos eu voltei a usar – hoje em dia ela está linda, cheia de pastas e subpastas, abarrotadas de links esperando para serem redescobertos. Mas é uma pena que uma penca deles já deve ter morrido – a merda da efemeridade da internet é essa, o texto que mudou sua vida está a um update ou dois de se perder para sempre no limbo etéreo da cyber-rede de computadores.
E o delicious foi comprado pelo pinboard, e eu passei a usar a pinboard – mas confesso que ainda não acostumei. Não tenho o que reclamar dele: é simples de usar, tem bookmarklet, permite tagueamento, o site é simples, intuitivo e não tem uma propaganda. E tem uma API maneirinha, que eu vivo dizendo que um dia vou utilizar para criar uma representação mais visual dos meus favoritos.